Muito além da aparência: o impacto real do lipedema e da celulite

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Durante muito tempo, a celulite foi tratada como um problema meramente estético, e o acúmulo de gordura localizada, atribuído exclusivamente a hábitos alimentares inadequados. No entanto, especialistas alertam que, por trás desses quadros, podem existir condições inflamatórias complexas, frequentemente ignoradas, que comprometem o bem-estar e a qualidade de vida de muitas mulheres.

O lipedema, por exemplo, é uma doença crônica e progressiva caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, especialmente nos braços e nas pernas. Esse acúmulo costuma vir acompanhado de dor, inchaço, hematomas frequentes e sensação de peso nos membros inferiores. O que diferencia o lipedema de outros tipos de gordura corporal é sua resistência à dieta e ao exercício físico, o que frequentemente gera frustração e angústia em pacientes que buscam soluções tradicionais.

Dr. Cleugo Porto (Foto: Divulgação)

“Muitas pacientes chegam ao consultório esgotadas, acreditando que o problema é falta de força de vontade”, afirma o médico Cleugo Porto, especialista em lipedema e celulite. “Na realidade, estão lidando com uma disfunção que precisa ser diagnosticada e acompanhada com seriedade.”

A celulite, por sua vez, também envolve um processo inflamatório. Ela compromete a circulação e a oxigenação do tecido subcutâneo, podendo causar desconforto, dor e edema, especialmente nos graus mais avançados. Apesar de comum, sua presença não deve ser minimizada.

“Celulite avançada pode impactar não apenas a autoestima, mas também o bem-estar físico e emocional da mulher”, destaca o especialista. “Tratar essas alterações é uma forma de devolver qualidade de vida, não de atender a padrões estéticos.”

Para o Dr. Cleugo Porto, a abordagem mais eficaz está na medicina integrativa, que considera o corpo de forma ampla e sistêmica. Estratégias como alimentação anti-inflamatória, terapias vasculares, tecnologias específicas e modulação hormonal são aliadas importantes para controlar o avanço do lipedema, aliviar sintomas e promover um contorno corporal mais saudável.

“Tratar lipedema e celulite é devolver ao corpo a capacidade de funcionar com equilíbrio”, afirma. “É acolher a dor da paciente com escuta, diagnóstico e um plano de cuidado realista, sem promessas milagrosas nem imposições estéticas.”

O especialista orienta que sinais como dor constante, desconforto ao toque ou sensação de que “nada funciona” devem ser interpretados como alertas do corpo, e não como falhas pessoais. “Seu corpo não está falhando. Ele só precisa ser compreendido”, conclui. “E o cuidado começa exatamente por aí: com o olhar certo.”

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